O meu objectivo, é escrever breves textos, sobre os assuntos que eu considere de interesse nos mais diversos âmbitos, e que prendam a atenção do seu olhar!
Já Bocage não sou!...
Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!
Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!
Bocage
O Bocage será sempre um dos melhores Poetas Portugueses.
O que já não existe é o escudo e a conjuntura económica
mundial está numa grande crise!
Estabelecendo a comparação com esta nota de 100 escudos,
vale actualmente 50 cêntimos. Não chega para tomar um café!
Grande poeta português, sem dúvida!
Cumprimentos
Foi um grande poeta e um grande português, que é sempre lembrado como tal!
Além disso também era um grande " brincalhão", embora muitas das piadas que se lhe atribui, não fossem dele.
Cumprimentos e volta sempre,
Carlos Alberto Borges
De Just Moments a 5 de Outubro de 2008 às 15:51
grande poeta!!
e esta não tinha pensado..realmente cem escudos era uma "fortuna"..e agora!!
beijinhos e uma boa semana!
De facto a nota de 100 escudos que existia antes do euro e com a figura do notável Poeta Português Bocage, agora valeria apenas 50 cêntimos - o valor de um café. Como as coisas mudam...
Cumprimentos e até breve,
Carlos Alberto Borges
De
MIGUXA a 5 de Outubro de 2008 às 23:06
Grande poeta foi Bocage...
Grande País já foi Portugal
Grande foi o escudo e, em nada se tornou!
Fica-nos o orgulho dos Grandes deste País e, a tristeza do pouco que sobrou.
Olá Margarida,
Sempre genial o teu comentário poético, com o qual estou inteiramente de acordo. Realmente ," fica-nos o orgulho dos Grandes deste País" como referes. Esperemos que o futuro também nos traga coisas boas, embora a conjuntura mundial não seja nada promissora. Tenhamos fé que Portugal já em crise, não agrave muito com esta nova que é mundial...
É sempre um prazer ler o que escreves e volta sempre que possas.
Carlos Alberto Borges
Grande poeta, disso não haja dúvida.
Disso já eu me apercebi há muito tempo que o euro não vale mesmo nada. Com 100 escudos, comprava-mos algumas coisitas, com 50 cêntimos, tal como dizes nem dá para um café. Lembro-me que logo começou a circular o euro, estavamos na altura dos Reis e diz uma professora - ontem sem contar dei uma fortuna a uns miúdos que foram lá cantar as Janeiras.... então? estive agora a fazer as contas e em moedas dei-lhe a volta de 1.500 escudos.....
Pois são situações destas que nos fazem pensar se realmente valeu a pena termos aderido ao euro....... Mas não somos nós que mandamos né?????
Bjs fofos
É verdade, Grande Poeta, do qual todos os portugueses se devem orgulhar. O mesmo já não sucede com a desvalorização quase imediata do escudo que foi substituído pelo euro. O que dizes no teu comentário ilustra bem esse facto, com o bom exemplo que dás. Nós entrámos no euro porque não havia outra alternativa, mas deixou de existir a possibilidade de ser desvalorizado, quando houvesse conveniência , como era o caso das exportações. Enfim, agora temos que aguentar e a conjuntura internacional está péssima . Mas vamos ter fé que o nosso País há tanto tempo em crise, não seja mais afectado! Ou se for que seja só um bocadinho. Gostei muito do teu comentário e volta sempre. Muitos cumprimentos,
Carlos Alberto Borges
De estrelaquebrilha a 7 de Outubro de 2008 às 14:09
Realmente era um grande poeta, eu já apercebi á muito que cinquenta cêntimos não dá para nada, foi um erro termos aderido ao euro, mas quem faz estas mudanças não pensa.
bj e boa semana
Sem dúvida que o Bocage era um grande poeta que nos honra como portugueses que somos. Mas se por milagre ele viesse do " sítio onde está" à Terra também ficaria muito triste por lOO escudos apenas valerem uns miseráveis 50 cêntimos. E ainda por cima figurar na nota de cem escudos. A adesão ao euro era quase irreversível , mas se por um lado ganhámos, por outro perdemos e não foi pouco! Volta sempre que possas, pois tenho muito gosto em ler o que escreves,
Carlos Alberto Borges
Grande poeta, ainda que a versão mais séria de Bocage. Lembro perfeitamente de analisar este poema numa longuinqua aula de português... ficou-me na memória o arrependimento "Eu me arrependo; a língua quase fria Brade em alto pregão à mocidade..."
Boa comparação...
Teres
Muito me honra o teu comentário e gostei de saber que naquela aula "longínqua" estudaste este extraordinário soneto do Grande Bocage. Muitas anedotas se contam como sendo dele, mas eu duvido que que embora fosse brincalhão e um grande repentista, não teria escrito ou dito assim tantas.... Mas essa parte não é a mais interessante.
Cumprimentos e volta sempre que entendas,
Carlos Alberto Borges
Agradeço e retribuo um bom fim de semana para ti. Gostei da ilustração.
Cumprimentos e até breve,
Carlos Alberto Borges
De
MIGUXA a 10 de Outubro de 2008 às 15:28
Retribuo e agradeço um bom fim de semana e gostei da ilustração, assim como das palavras bonitas e com muito sentido.
Até breve e cumprimentos,
Carlos Alberto Borges
Teresa
Alegra-me o teu contascto, agradeçendo e retribuindo um bom fim de semana para ti. Gostei também da ilustração.
Cumprimentos e volta sempre,
Carlos Alberto Borges
Olá Carlos. A única diferença depois da chegada do euro foi a aceleração de u processo natural da economia financeira de todos os sistemas, quanto me é dado compreender. Lembro-me de que quando tive o meu primeiro empregozito, há quase 40 anos, fui ganhar cerca de dois mil escudos e que isso, na altura, era ser muito bem pago. Passados alguns anos já se pagava bastante mais do que isso por uma renda de casa e um caf´já custava 2,50 esc. estamos mesmo sem poder de compra, mas esta perda do valor real do dinheiro, sempre existiu ao longo dos tempos. penso que o problema é muito mais profundo do que uma simples mudança de moeda... se não tivessemos aderido ao euro já teríamos sido "encostados à parede" há mais tempo. Do alto da minha extrema ignorância político-económica, "sinto2 que as coisasestão tao mazinhas, mas tão mazinhas, que qualquer dia as notas vão servir, apenas, para o uso que agora damosao papel higiénico... mas isto sou eu que penso, na qualidade de "vítima privilegiada" da crise financeira que assola o mundo...
Quanto ao Manuel Maria... bem, é um dos meus sonetistas preferidos. já o mundo de então era suficientemente feio para o fazer arrepender-se de ser um dos maiores poetas que ele, mundo, teve o privil´go de albergar!
Ó Carlos, desculpe a "seca"! Não sei o que me deu! Penso que costumo ser mais comedida...
Um grande abraço!
Concordo em absoluto com tudo o que dizes. O euro era inevitável e para o nosso País até não foi mau. Mau sim, foram os especuladores que de um dia para o outro aumentaram substancialmente os preços, nalguns casos para o dobro... Quanto ao nosso Bocage, já está tudo dito e mais valor tem quando a apreciação positiva é corroborada por uma Poetisa como tu.
Já agora, que é feito da tua Metforazinha !
Cumprimentos e um bom fim de semana.
Carlos Alberto Borges
Ó amigo Carlos, nem me fales nisso! Palavra de honra que até me dói falar no assunto! Nunca mais soube nada dela. Pensei até que não estava (eu) boa da cabeça. Só pode ter sido uma confusão qualquer, fui "pirateada" entretanto, fiquei uns dias sem acesso à net... olha só pode mesmo ter havido qualquer coisa muito estranha que ainda hoje não consigo entender. Ás tantas cheguei a ser desagradável. Não te sei explicar melhor. Nem a ti, nem a mim mesma!
Quanto à especulação, claro! O euro abriu, inocentemente, as portas aos especuladores.
Nos primeiros tempos os aumentos foram discretos, para não assustar muito as eternas vítimas, e depois ... é o que se tem visto! Acreditas que eu tenho de pagar 1,90€ por uma viagem e cerca de 1 Km, de minha casa à estação de comboios? Uma simples viagem de autocarro! Andar nos transportes públicos, nos dias que correm, é um luxo para mim! E o pior é que tenho mesmo de os usar porque tenho muitas consultas hospitalares, muitas idas à Segurança Social (agora abrandaram...), muitos exames clínicos obrigatórios.
Um abraço.
Há coisas na vida que parecem inexplicáveis , sendo aquela ausência paradigmática do que acabo de dizer. Nada sabia a respeito, mas agora já dá para presumir algo! Certamente que além do que aconteceu , estarás muito decepcionada. Há coisas que até não parecem o que são de facto. Eu estranho porque deixo comentários no blog e não recebo qualquer resposta. Também houve umas modificações do nome e nalguns já não existem posts há muito tempo! Gostaria de saber noticias, dada a grande consideração que tinhas por ela.
Em todos os meus amigos /as da blogosfera , apenas conheço pessoalmente um amigo e há pouco tempo. Foi um encontro agradável.
Espero que recuperes a tua saúde e que a tua vida se torne mais fácil com tudo de bom.
Cumprimentos e até breve,
Carlos Alberto Borges
Eu quando gosto, gosto mesmo, Carlos. Por isso me doeu tanto. Mas ainda quero acreditar que ela também tenha sido "pirateada", ou qualquer coisa parecida. é preferível eu não pensar muito nisso senão ainda fico "avariada" como fiquei dessa vez.
abraço
Não penses então mais nisso pois o assunto não é de molde a ser lembrado com satisfação! Deixemos isso, que apenas veio à colação por saber que eras muito amiga dela.
O importante é que tenhas saúde , que continues a escrever bem e em força para que os teus admiradores, como é o meu caso, se deliciem com os teus fantásticos poemas.
Que a vida te traga as coisas que mais anseias.
Cumprimentos e volta sempre,
Carlos Alberto Borges
Comentar post