Já Bocage não sou!... À cova escura Meu estro vai parar desfeito em vento... Eu aos céus ultrajei! O meu tormento Leve me torne sempre a terra dura. Conheço agora já quão vã figura Em prosa e verso fez meu louco intento. Musa!... Tivera algum merecimento, Se um raio da razão seguisse, pura! Eu me arrependo; a língua quase fria Brade em alto pregão à mocidade, Que atrás do som fantástico corria: Outro Aretino fui... A santidade Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia, Rasga meus versos, crê na eternidade! Bocage O Bocage será sempre um dos melhores Poetas Portugueses. O que já não existe é o escudo e a conjuntura económica mundial está numa grande crise! Estabelecendo a comparação com esta nota de 100 escudos, vale actualmente 50 cêntimos. Não chega para tomar um café!
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